segunda-feira, 1 de março de 2010

É possível entender a mente (processos cognitivos) dos animais?

Podemos diminuir a subjetividade e aumentar a objetividade na observação do comportamento animal? Como estudar a conciência animal?
O autor Thomas Nagel (Thomas Nagel, Filósofo, Norte Americano, 1974) discute no artigo: Como é ser um morcego? (What is it like to be a bat?) a cognição e a relação dicotômica entre mente-corpo. E considera que os morcegos detectam informações do meio ambiente a partir da emissão e recepção de eco, um sistema sensorial distinto dos humanos, o que dificultaria ou impediria o real entendimento por um etologista sobre o universo sensorial desses animais. Dessa forma os morcegos podem ter experiências únicas a partir do seu sistema sensorial que os humanos não poderiam compartilhar.
Mas será que podemos ser objetivos sobre uma realidade que é intangível? O universo subatômico por exempo revela que a material é praticamente inteiramente constituída por espaços vazios, ao contrário do que percebemos ao interpretar os objetos que tocamos como sólidos. No caso da mecânica quântica podemos ainda observar um corpo que está em dois lugares ao mesmo tempo, dificultando ainda mais o refinamento de nossa objetividade.
Afinal a realidade que nos rodeia é uma criação de nosso cérebro?

Um comentário:

  1. Caro André, primeiramente gostaria de dizer que é uma excelente iniciativa que você e outros amigos nosso já tomaram, escrevendo um blog; em segundo lugar, achei interessante o tema sobre a percepção do mundo pelos animais e por nós, seres humanos. Essa é uma questão que de caráter filosófico que data pelo menos desde os pré-socráticos, na antigüidade, passando por Descartes no século XVII, Kant e Schoopenhauer. Do ponto de vista puramente científico, basta imaginarmos, que nossos órgãos dos sentidos estão adaptados para perceber os estímulos ambientais dentro de "espectros" determinados e que alguns animais podem perceber amplitudes diferenciadas desses "espectros". Acho que a nossa objetividade fica a dever em algumas circunstâncias.

    Armando

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